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Dermatomicoses por fungos demáceos

As onicomicoses são infecções que ocorrem nas unhas que tem como agentes etiológicos os fungos. Existe uma variedade grande de fungos na natureza e cada grupo de fungos apresenta características muito particulares. Os três grupos de fungos que causam doença nas unhas são as leveduras, os dermatófitos e os fungos filamentosos não dermatófitos. Os agentes do ultimo grupo FFND, são ainda subdivididos em hialinos ou demáceos. Os fungos hialinos são aqueles que à microscopia óptica apresentam estruturas celulares transparentes com aparência vítrea, ao passo que os fungos demáceos são aqueles que tem a capacidade de sintetizar melanina, ou seja, as suas hifas são castanhas, por serem melanizadas. Esta capacidade de síntese da melanina confere ao fungo uma maior resistência à ação da luz, fotoproteção. Por isso os mecanismos de tratamento da micose deve ser específico, pois trata-se de um fungo naturalmente mais resistente que os demais. As formas clínicas de lesão podem ocorrer na
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Onicomicose mista por Fusarium e Trichosporon.

Olá meus amigos, bom dia. Gostaria de compartilhar com vocês um interessante caso que acompanho há um ano e dois meses e agora obtive um excelente resultado e finalmente a liberação da paciente. Foto 1. Início da infecção fúngica. Observa-se a invasão distal que caracteriza uma OSDL (Onicomicose subungueal distal e Lateral) Foto 2. A paciente chegou ao meu consultório com esta forma clínica, evoluida ao longo de 11 anos, a onicomicose instalou-se em ambas laterais causando uma distrofia proxima à matriz ungueal. Paciente do sexo feminino, 43 anos. Apresenta uma severa onicomicose no hálux esquerdo. Realizou o primeiro exame micológico em 2007 e foi isolado um fungo do gênero Aspergillus, com dermatologista iniciou-se o tratamento com antifúngico por via oral, após dois anos de tratamento não ho uve regressão. A paciente decidiu buscar outro profissional dermatologista, este solicitou novo exame e foi isolado, desta vez um fungo da classe das leveduras, do gênero C

Dermatoscopia da unha para coleta micológica

Hoje tive uma pequena amostra da importância de uma prática clínica associada a mecanismos tecnológicos que facilitem o correto diagnóstico das patologias de nossos clientes. Uma paciente foi encaminhada para a minha clínica pela minha parceira, a Doutora Rossana Sette, que havia realizado a análise clínica por meio do exame micológico cujo resultado fora negativo. No entanto ao realizar a dermatoscopia da unha pude observar a formação inicial de um dermatofitoma no folheto mais profundo da unha. Com essa imagem decidi realizar uma nova coleta, agora mais profunda e, diretamente no dermatofitoma para enviar as amostras a doutora Rossana, a fim de que ela pudesse novamente realizar os exames de microscopia direta e cultura.                 Hoje recebi o seu contato informando que dessa vez foram observadas estruturas fúngicas nas amostras de unha da paciente, como é possível observar na imagem que mostra hifas septadas hialinas nas escamas ungueais, configurando assim um

Dermatoscopia de Unhas

A dermatoscopia do aparelho ungueal é fundamental para um correto diagnóstico das alterações de cor e forma das unhas, bem como avaliação minuciosa do tecido periungueal. A assimetria nas cores e estruturas vistas ao dermatoscópio fornecem dados adicionais e auxiliam na tomada de decisões, levando em consideração que a conduta deve ser posterior à análise da dermatoscopia, do histórico e do exame físico. Na dermatoscopia os nevos melanocíticos apresentam pigmentação linear, ao passo que os melanomas subungueais apresentam uma pigmentação desordenada. Com dermatoscopia avaliamos: ·          Pigmentação ungueal: Melanoma ungueal projetando uma estria longitudinal no corpo da unha. Imagem de Antonella Tosti. Mesmo melanoma ungueal projetando uma estria longitudinal no corpo da unha, vista anterior. Imagem de Antonella Tosti. Melanoníquia, alteração benígna da cor das unhas por motivos diversos. Alteração de cor por trauma, cromoníquia. Imagem Anton

Cauterização de Calo com Núcleo

Paciente do sexo feminino, 43 anos. Buscou serviços de podologia por causa de um heloma na segunda cabeça metatarsal que lhe produzia grande desconforto à sensação de estar com um espinho no pé. Havia já tratado com ácido salicílico sem sucesso sob a orientação de um dermatologista, resultou que formou-se um processo inflamatório e doloroso, por isso suspendeu o ácido salicílico e resolveu buscar ajuda com um profissional de podologia. Realizei então uma cauterização química com ácido nítrico.  Aplicado corretamente, o ácido tem ação exclusivamente local, não compromete os tecidos adjacentes agindo apenas cobre a lesão. O calo sai completamente hidrolisado, ficando uma lesão circular a nível dérmico indolor e não sangrante. Realizamos a aplicação de fototerapia com laser 2 vezes por semana durante três semanas. O resultado é uma regeneração celular rápida e sem cicatrizes devido à fotobiomodulação. 

Hiperceratose subungueal e correção ortésica

Caso bastante interessante de uma paciente, personal Training,  com suspeita de onicomicose no hálux esquerdo. Esta paciente foi encaminhada pela Dra. Rossana Sette, Micologista clínica, que realizou um exame micólógico da mesma com um resultado negativo. Quando a paciente chegou ao meu consultório ela apresentava onicólise e uma espessa hiperceratose subungueal, a unha apresentava uma curvatura bastante acentuada, possivelmente causada pela formação da hiperceratose subungueal. A paciente relatou que quando foi realizar o exame micológico não havia se preparado adequadamente, havia esmaltado as unhas dois dias antes da coleta, isso poderia realmente ter influenciado no resultado negativo do exame. Resolvi então solicitar um novo exame após uma adequada preparação da paciente. Na imagem pode-se notar uma espessa hiperceratose subungueal. Segundo a paciente, ela tratou-se com uma podóloga de sua cidade durante alguns meses sem resultado. Aí começam os problemas: 1º a podóloga pre

Importância do exame micológico

Muitas pessoa s que tem alterações nas unhas do tipo distróficas ou que apresentam sinais clínicos como o descolamento ou até mesmo alterações da coloração são tratadas como portadoras de uma infecção fúngica, a onicomicose. Com isso percebemos que 83% (amostra de 320 pacientes dos casos tratados de onicomicose no instituto Ítalo Ventura de Podologia que foram acompanhados previamente por outros profissionais) destes pacientes são negligenciados, pois são tratados sem nunca haverem realizado um exame micológico na vida, para que haja a certeza de que ali houve a instalação de um ou mais fungos. Mesmo que cerca de 50% das onicopatias sejam onicomicoses os outros 50% são doenças diversas, algumas malignas, que necessitam um correto diagnóstico pela segurança do paciente e sua qualidade de vida. Além do que o tratamento da onicomicose é longo e custa caro, muitas vezes inviabilizando o mesmo, assim como os danos que muitas vezes são causados ao fígado e ao estômago. Sabemos que a terapi